Offline
MENU
Adelino Timóteo lança “Jorge Jardim: o ano do adeus ao Ultramar” em Maputo
Novidades
Publicado em 08/04/2024

 escritor Adelino Timóteo vai lançar, quinta-feira, às 17:00 horas, na Universidade Pedagógica-sede, em Maputo, o livro “Jorge Jardim: o ano do adeus ao Ultramar”.Com apresentação de Hélder Nhamaze, trata-se do seu vigésimo quinto livro. Trata-se uma obra que pretende ser um farol, com material inédito, buscando iluminar os acontecimentos do pós-25 de Abril de 1974, assim como o episódio trágico de 7 de Setembro, em Lourenço Marques, do mesmo ano.Focando-se no Engº Jorge Jardim, o livro oferece um ângulo inédito e distinto de contar também sobre os derradeiros momentos da luta armada de libertação e os demais acontecimentos que lhe sucederam, vinculando-o a uma tentativa humana e de redenção de se acercar à FRELIMO, através do «Programa de Lusaka», com que buscava evitar a debandada de 250 mil brancos de Moçambique.Debaixo da lenda desta personalidade e com informação devidamente contextualizada, o autor esmiuça os factos, que marcaram o fim do Ultramar português e a emergência de um novo conflito, debaixo da consigna da guerra fria.Afamado como uma das mais ímpares e insignes personalidades da África Austral, purgado pela Junta de Salvação Nacional, dos capitães de Abril, Jorge Jardim, tratado como um monstro, esgrime os seus argumentos, mas não consegue impor o seu plano em cima da mesa, no tratado de Lusaka. Daí resvala-se para um plano secundário e assiste desencantado o processo dramático e trágico da descolonização desde a periferia.“Cinquenta anos depois, olhando para o pensamento de Jorge Jardim, é possível depreender que, mais do que votar-lhe ao ostracismo e ao tabu, Jorge Jardim foi um nacionalista, que pretendeu contribuir com o seu pensar particular, que mantivesse a dignidade da maioria nativa e dos derrotados, numa harmonia comum, sem se ferirem uns aos outros”, lê-se ainda na nota de imprensa: “Ao desenterrar o perfil deste homem complexo, raro, pretensamente anti-racista, com as suas contradições e partes encantadoras, como todos os seres humanos comuns, o autor oferece a oportunidade de se esgravatar sobre a documentação e testemunhos interessantes de uma figura enigmática, esclarecendo sobre os momentos que mediaram a morte de Eduardo Mondlane, com isto demonstrando que a história é um processo dinâmico, em permanente construção”.“Jorge Jardim: o ano do adeus ao Ultramar” é um eixo em que gravitam as sombras de muitos factos ocorridos há sensivelmente 50 anos. “A relevância de documentar com intensidade esse período de ouro da história contemporânea é um serviço à Nação”, cita-se a sinopse da obra.“Jorge Jardim: o ano do adeus ao Ultramar” também será lançado no dia 18 de Abril corrente, às 17:30, no Centro Cultural Português, na Beira, ainda no dia 20 deste mês, em Quelimane.
08/04/2024
(Rádio Cultura)
O País

Comentários
Comentário enviado com sucesso!