O ano que findou ficou não apenas marcado pela atribuição do Prémio Nobel da Literatura ao tanzaniano Abdulrazak Gurnah e o Prémio Goncourt ao senegalês Mohamed Mbougar Sarr como pela publicação, depois de um hiato de 48 anos, de um novo livro do nigeriano Wole Soyinka, o primeiro escritor africano a receber, em 1986, o Prémio Nobel da Literatura.
Intitulado Chronicles from the Land of the Happiest People on Earth, o livro usa uma trama policial para fazer um retrato muito critíco da Nigéria contemporânea. Do extremismo religioso à violência e corrupção, Wole Soyinka compõe um mosaico implacável da situação no seu país numa escrita por onde perpassa, em igual proporção, uma dimensão satírica e uma raiva implacável. (“Maputo Fast Forward” 17/01/2022).